Nós somos muitos, nós somos mais em Defesa da Amazônia Brasileira
A Sociedade Paraense de Defesa dos
Direitos Humanos – SDDH e o Instituto Clima e Sociedade – ICS, organizaram uma Roda
de Conversa na manhã do último sábado (30) com a temática Estratégicas
Jurídicas/ políticas de Proteção da Amazônia e de seus Povos. Socializando
Experiências. A roda de conversa, realizada em Belém do Pará, contou com a
participação de advogados/as, Defensores/as de Direitos Humanos e lideranças de
povos indígenas e comunidades tradicionais na Amazônia brasileira.
As lutas dos defensores/as de Direitos
Humanos na Amazônia estão passando por uma situação de criminalização severa, também
causadas por iniciativas do governo federal que incentiva ataques às populações
indígenas, quilombolas e aos povos da floresta. As lideranças afirmam que “os ataques aos
territórios aumentaram”.
Nos diversos relatos de lideranças, que o Jornal Resistência não vai revelar as identidades para não comprometer a segurança dos DDH, houve a afirmação da fragilidade do programa de Proteção aos DDH e a indicação de evidências de relações promíscuas entre agentes de segurança pública (polícia civil ou militar) com indivíduos nos municípios, gerando insegurança. “A gente não confia na polícia por ter relação com prefeito, e ele é o principal responsável pelo conflito no território”, afirma uma liderança ameaçada.
A luta em Defesa dos Direitos Humanos na Amazônia nunca foi fácil, “alguns não chegaram até no meio do caminho, foram tombados pelos grandes projetos e grandes empreendimentos, que são grandes assassinos na Amazônia”, respalda uma defensora de Direitos Humanos.
Buscando defender o território Amazônico, o Instituto Clima e Sociedade – ICS, que atua na interface entre clima e sociedade, tem atuado em rede, principalmente em três frentes: ordenamento territorial e direitos humanos, governança socioambiental e finanças e devida diligência corporativa.
O representante do iCS na roda de conversa comentou: “Este momento feito pelas entidades é importante para potencializar ações em redes na Amazônia para promover a defesa dos territórios e da mitigação das mudanças climáticas”.
Fotos: Antônio Marinho