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Mostrando postagens de março, 2012

Em memórias – diálogo

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Do blog Fragmentos de uma vírgula / #DesarquivandoBR Por Tadeu Francisco Para conhecer o projeto #DesarquivandoBR, visite o blog . Minhas mãos nuas amarradas, suadas em sangue. O estampido chegava aos meus ouvidos entre choro e riso. Não consigo lhe descrever com exatidão todos os estalos, ora do coturno marchador, ora do meu peito com seu coração surrado. Não vi ao certo quem caminhava de um lado para o outro à minha frente, ”maldita venda”. Mas pelo andar, sabia quem era, e lembro-me do seu rosto perfeitamente, cada pedaço de pele… Eu estava trancado ali há alguns dias. Sentia sede e fome. Meus lamentos eram preenchidos com pancadas. Exalei meu desespero com muitos soluços, que me tornaram digno de pena... “Soluços são engraçados quando aos montes; o meu não era”. Perdoe-me se estou sendo reticente. É a parte romanceada do que foi minha vida. Preciso contar o resto: Naquele início de semana, não deveria ter falado tanto. Não sei o motivo do tamanho erro que m

Millôr: 1924 - 2012

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Conheça a biografia de Millôr Fernandes, escrita por ele mesmo, que desafiou a ditadura militar com sua sensibilidade, sabedoria e humor afiado.

Pela abertura dos arquivos da ditadura brasileira!

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Praça da Memória, na cidade de Cinco Saltos (Argentina) Erika Morhy / SDDH A Argentina chorou, mais uma vez, seus mortos e desaparecidos políticos vitimados pela ditadura militar no último dia 24, eleito Dia Nacional da Memória pela Verdade e pela Justiça. Passaram-se 36 anos do golpe de estado e o país revela sua indignação clara e publicamente, como se vê em praças de várias cidades. Acima, a imagem de uma delas, a Plazoleta de la Memoria, na patagônica Cinco Saltos. Exercício político semelhante está sendo provocado no Brasil por ativistas sociais, com o intuito de abrir "os arquivos secretos da ditadura militar, pela busca dos corpos e restos mortais dos desaparecidos políticos e pela revisão da Lei da Anistia para que se possa processar e punir criminalmente as violações de direitos humanos cometidas pelo Estado brasileiro entre 1964 e 1979", como pode ser acompanhado pelo blog coletivo Desarquivando o Brasil . Participe!

Começa a VI Conferência do Fórum da Amazônia Oriental (Faor)

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Mística de abertura da Conferência Com informações da Unipop Começou ontem VI Conferência do Fórum da Amazônia Oriental (Faor), no Parque dos Igarapés, em Belém. Participam do evento lideranças indígenas, representantes quilombolas, pesquisadores, ribeirinhos, pescadores e lideranças sociais. Até o próximo dia 29, os participantes debatem um novo modelo de desenvolvimento amazônico, a partir do respeito aos povos tradicionais e ao meio ambiente. Você pode assistir a Conferência online e ao vivo clicando aqui . Temas polêmicos como os conflitos fundiários, as mudanças climáticas e a construção de Usinas Hidrelétricas na Amazônia estarão no centro do debate. Na programação, os participantes vão discutir, ainda, a atuação do Fórum na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – RIO + 20, que acontecerá no mês de junho, no Rio de Janeiro. Com a realização da conferência, o Faor pretende fortalecer, também, a resistência ao capitalismo verde, que explora

Sarau da Memória trouxe fotos dos movimentos agrários

A terceira edição do Sarau da Memória apresentou imagens históricas do movimento agrário no Pará nas décadas de 70, 80 e 90. As narradoras Marga Rothe e Rosa Corrêa relembraram vários momentos marcantes da luta desses movimentos, como a realização dos Tribunais da Terra e a chacina na Fazenda Ubá. O Sarau da Memória é uma realização da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e faz parte de um projeto maior de recuperação do acervo fotográfico da entidade. Cerca de quinhentas fotografias já foram recuperadas, do total estimado de 10 mil imagens. As ações marcam os 35 anos da SDDH, que serão comemorados no próximo mês de agosto. Serviço A próxima edição do Sarau da Memória será realizada na quinta-feira, 22 de março, e dessa vez serão apresentadas imagens de pessoas que marcaram a luta por direitos humanos no Pará. O encontro acontece a partir das 17h, na sede da SDDH (Av. Gov. José Malcher, nº 1381 - entre 14 de Março e Generalíssimo Deodoro).

No Pará, grileiros grilam, pistoleiros matam e juiz xinga pelo Facebook

Do Blog do Sakamoto Se, ao final desta história, você achá-la um absurdo é porque não conhece a Amazônia. Por lá, manda quem pode. Quem não pode obedece. Ou é processado. Ou some. Antes de mais nada, um necessário comentário. O senso de Justiça, quando se refere ao Pará, tem servido para proteger o direito de alguns mais ricos em detrimento dos que nada têm. Mudanças positivas têm acontecido, graças à sociedade civil, à imprensa e a promotores, procuradores e juízes que têm a coragem de fazer o seu trabalho, mesmo com o risco de uma bala atravessar o seu caminho. Mas tudo isso é muito pouco diante do notório fracasso até o presente momento. Não gosto de dizer que o Estado é “ausente” nessas regiões, seria um erro do ponto de vista conceitual. Mas as instituições que servem para garantir a efetividade dos direitos fundamentais da parcela mais humilde são mal estruturadas, defeituosas ou insuficientes. Enquanto isso, aquelas criadas para garantir o desenvolvimento econômico, seja

Sarau das Mulheres de luta

Mulheres que ajudaram a construir a história de lutas dos movimentos sociais no Pará participaram da segunda edição do Sarau da Memória, realizada na última sexta-feira na SDDH. A partir de fotografias recuperadas do acervo da entidade, as narradoras relembraram vários aspectos das últimas três décadas de mobilização social no Pará, especialmente o quanto as mulheres lutaram para garantir seu espaço dentro do próprio movimento e na sociedade. Participaram como narradoras Elizety Veiga, Marga Rothe, Sandra Fonseca, Vera Tavares, Domingas de Paula, Nilma Bentes, Graça Costa e Miriam Carvalho, que foi a mediadora. O público do Sarau também estava composto de mulheres do Benguí, do Tapanã, do Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade (MMCC) e do Movimento e Articulação de Mulheres do Estado do Pará (MAMEP). O projeto Sarau da Memória é parte das ações realizadas em comemoração aos 35 anos da SDDH, fundada em agosto de 1977. Como parte do projeto, cerca de 500 fotografias já foram

SDDH lança Campanha de Autossustentabilidade

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A luta em defesa dos direitos humanos no Pará e na Amazônia necessita de sua colaboração. Para que a SDDH tenha recursos para o desenvolvimento de suas atividades, a entidade lança no dia 30 de março sua Campanha de Autossustentabilidade, para envolver a sociedade de maneira geral nessa luta. O convite da festa de lançamento custa R$ 10 e dá direito a um caldo, com sabor à sua escolha. Os recursos arrecadados com a venda dos convites serão revestidos para os fundos da campanha. Na festa de lançamento, também serão distribuídas as fichas de filiação à campanha. A entidade recebe colaborações em dinheiro, materiais e trabalho voluntário. Mais informações sobre a Campanha de Autossustentabilidade da SDDH e o evento de lançamento você encontra em nossas páginas no Twitter e no Facebook ou pelos telefones no convite.

8 de março com as mulheres na rua

O Dia Internacional de Luta da Mulher foi comemorado ontem em Belém com uma passeata de vários movimentos juntos na cidade. A SDDH esteve presente e distribuiu exemplares do Jornal Resistência. Veja as fotos em nossa galeria!

Sarau da Memória - Mulheres de Luta

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A segunda edição do Sarau da Memória vai prestar homenagem às mulheres neste final de tarde, exibindo imagens que nos reportem à sua participação nas lutas sociais no Pará. Quem vai contar um pouco desta história é Aldalice Otterloo, Bárbara Gorayeb, Elizety Veiga, Marga Rothe, Sandra Fonseca e Vera Tavares. Vai ter banho de cheiro e mingau também. Todos e todas estão convidados.

Sarau da Memória - um registro também do presente

As fotos do primeiro Sarau da Memória estão disponíveis na galeria do Jornal Resistência no Flickr , e você pode vê-las também na apresentação nesta apresentação de slides. O registro é do fotógrafo Lucivaldo Sena.

A "história viva" no primeiro Sarau da Memória da SDDH

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Os narradores e o mediador Marcelo Freitas A Sociedade Paraense de Defessa dos Direitos Humanos realizou na semana passada a primeira edição do Sarau da Memória, que teve como resultado a recuperação de muitas informações sobre a história de três décadas de lutas dos movimentos sociais em nosso estado. Em conjunto, as fotografias recuperadas e digitalizadas do acervo da SDDH e a memória viva dos narradores presentes na primeira edição do Sarau trouxeram à roda de debates vários aspectos de eventos como a Greve Geral de 1989, o primeiro Congresso da CUT, realizado em Belém  também em 1989, passeatas e manifestações de rodoviários, estivadores, bancários, entre vários outros momentos do movimento sindical paraense. Participaram como narradores nessa primeira edição do Sarau Paulo Roberto Ferreira, Alberdan Batista, Eliana Fonseca, Maria Luíza Carvalho, Rosa Corrêa e Miguel Chikaoka. Todo o conteúdo da conversa está registrado em áudio e vídeo, e esse material será trabalhado