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Mostrando postagens de janeiro, 2013

OAB de São Paulo apura denúncias de "queima de arquivo"

O jornalista Pedro Pomar compartilhou esta carta - que segue transcrita abaixo - e acreditamos na importância que ela têm no processo de conscientização da sociedade para o impacto sobre a vida individual e coletiva de pessoas que padeceram com o regime militar no Brasil, a mais longa da América Latina. Por isto optamos por também compartilhar essas palavras de desabafo, de dor e de alerta. Um alerta que é mais do que a de uma possível "queima de arquivos", mas de uma afronta ao direito à memória e à justiça no nosso país. “Morri um pouco hoje” Todas as imagens daqueles 17 dias no inferno desfilaram na minha cabeça Camaradas, convidados pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, fizemos hoje (29/1/2013) uma visita de inspeção às instalações onde funcionou, principalmente, nas décadas de 60 e 70 – depois, já sem tanto poder, nos anos 80 – o Doi-Codi de São Paulo, inicialmente batizado de Operação Bandeirantes.  A visita foi programada pela OAB-SP diante das

SDDH exige que Estado dê atenção à Ouvidoria assaltada

Ofício nº 040/2013 Belém, 24 de janeiro de 2013. A Sua Excelência, o Senhor LUIZ FERNANDES ROCHA Secretário de Segurança Pública do Estado do Pará Presidente do CONSEP/Pa C/cópia para Secretaria executiva CONSEP Senhor Secretário, Honrada em cumprimentá-lo, vimos pelo presente requerer providências imediatas quanto às condições prediais e de segurança da Ouvidoria do sistema de segurança pública do estado do Pará, tendo em vista recente episódio de assalto que expôs as fragilidades das instalações da Ouvidoria e ainda tecendo os seguintes comentários: Desde a antiga gestão da Ouvidoria até o final de 2012, a ex-Ouvidora, a Sra. Cibele Kuss e a atual Ouvidora, a Sra. Eliana Fonseca denunciam e requerem providências quanto às precárias condições de funcionamento do prédio da Ouvidoria ao Conselho estadual de Segurança pública do estado do Pará, além de encaminhar pedido de providências a esta Secretaria, da qual é subordinada. Infelizmente, um órgão como este, tão im

Ato público expõe resistências do Judiciário

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Centenas de representantes dos movimentos sindicais e sociais, de entidades religiosas e partidárias participaram, na manhã desta quarta-feira (23), no distrito de Mosqueiro, do ato público organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra no Pará (MST-PA), em memória de Mamede Gomes de Oliveira, líder camponês assassinado há exatamente um mês, no assentamento Mártires de Abril, localizado em uma das quase 40 ilhas da capital paraense. A mobilização pacífica e considerada vitoriosa pelo movimento acabou por revelar, uma vez mais, a relação tensa com o Poder Judiciário, tendo como um dos símbolos retratados durante o ato a resistência do Fórum Distrital de Mosqueiro ao receber a comissão formada por oito manifestantes: cada um teve de se submeter à revista como condição para ser recebida em audiência. Os ativistas saíram em marcha da Capela do Sagrado Coração de Jesus em direção à Seccional Urbana de Mosqueiro do distrito entregar manifesto pedindo rigor na apuração do a

MST realiza ato público contra a violência e por justiça

MST-PA - No próximo dia 23 de janeiro (quarta-feira), a partir das 8h, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai realizar um ato público contra a violência no Distrito de Mosqueiro (Belém/PA). O ato será em memória de Mamede Gomes de Oliveira, “Seu Mamede”, assassinado no último dia 23 de dezembro, dentro de lote de produção familiar. Camponês exemplar, trabalhador, Mamede foi coordenador estadual do MST, atuou no Setor de Produção e, nos últimos anos, vinha se dedicando à prática agroecológica em seu lote, conhecido como Lapo- Lote Agroecológico de Produção Orgânica. Após um mês do seu assassinato, o MST exige justiça e que o caso seja apurado com rigor. O ato será de denúncia da violência que ceifou a vida de Mamede e que é fruto do abandono dos governos que não garantem uma política de segurança e de direitos justo ao povo mais pobre. O MST também quer afirmar a luta por Reforma Agrária, que é uma luta pela vida e resistência para milhares de pessoas; é uma fe

"Rubens Paiva foi morto por agentes do DOI-Codi"

"Documentos militares confidenciais encontrados no Arquivo Nacional, em Brasília, revelam que o ex-deputado Rubens Paiva, tido como desaparecido, na verdade foi executado por agentes do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação do Centro de Defesa Interna) do Primeiro Exército (Rio de Janeiro). A informação foi dada pelo ex-procurador geral da República, Claudio Fonteles e coordenador da  Comissão Nacional da Verdade   em entrevista ao  iG  , concedida nesta quinta-feira (10). 'Ele foi morto por agentes do Doi-Codi', revela. Segundo Fonteles, a versão oficial contada até hoje é uma 'fantasia absoluta' ". - veja no Portal Ultimo Segundo

Planejamento e caminhada em prol dos direitos humanos

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Contra violações aos direitos humanos: cumprimentos à Symmy Larrat

Postamos abaixo um pequeno trecho do relato escrito pela paraense, publicitária e militante dos direitos humanos Symmy Larrat publicado no jornalResistência , de agosto de 2011, página 9. É nossa maneira de cumprimentá-la e desejar bom trabalho em sua mais nova empreitada, conforme publicado no DiárioOficial da União de hoje. Em nosso jornal, no texto sob o título "Nasci menino, quis ser mulher, hoje sou travesti", ela assina com o nome que elegeu e passou a adotar. A nomeação no Diário Oficial da União foi feita com seu nome registrado pela família, ao nascer. "Não tenho problema algum com meu sexo, e sim com a forma masculina. Mas a sociedade não tolera a travestilidade. Não somos aceitas no shopping, no supermercado, na farmácia, enfim, temos horários para existir, de preferência depois das 00h"  Symmy Larrat [Marcelo Brito de Carvalho] - Coordenadora-Geral de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, da Secretaria de Direitos Humanos da Presi

Inesquecível Henfil: um relato de Pedro Pomar

Importante membro da SDDH, em Belém, durante densos anos de chumbo, e ativista dos direitos humanos no país até hoje, Pedro Pomar, à época Marcos Soares, para garantir sua segurança frente à ditadura militar, faz um bonito relato do contato que teve com Henfil, cartunista e jornalista brasileiro de afiado talento em prol da democracia. Em memória aos 25 anos da morte de Henrique de Sousa Filho, a SDDH publica hoje este relato produzido à nosso convite e oferecido com grande com generosidade por Pomar. Tive a honra e a satisfação de entrevistar Henfil para o Resistência, nos idos de 1983 ou 1984. Eu havia voltado de Belém e estava morando em São Paulo novamente. Não me lembro como surgiu a pauta, mas o fato é que fomos entrevistá-lo, o colega João Vital e eu, se não me engano em um apartamento na rua da Consolação, onde Henfil morava com a esposa. Creio que já estava doente na época. Nos recebeu muito bem e a entrevista foi ótima, embora eu não tenha gostado do resultado final (impres

Documentário: Henfil. Cartas da Mãe (3-3)

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Segue a terceira e última parte do documentário "Henfil. Cartas da Mãe", em memória aos 25 de morte do genial militante dos direitos humanos no Brasil.

Documentário: Henfil. Cartas da Mãe (2-3)

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Segue a segunda parte do documentário: Henfil. Cartas da Mãe, em memória aos 25 anos da morte de um dos grandes ativistas dos direitos humanos no Brasil.

Documentário: Henfil. Cartas da mãe (1-3)

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Em memória ao grande ativista Henfil, que morreu dia 04 de janeiro de 1988, a SDDH posta, em três partes, o documentário Cartas da Mãe. Nosso eterno agradecimento à sua preciosa colaboração à luta em prol dos direitos humanos. Sinopse : Cartas da mãe é uma crônica sobre o Brasil dos últimos 30 anos contada através das cartas que o cartunista Henfil (1944/1988) escreveu para sua mãe, Dona Maria. Estas cartas, publicadas em livros e jornais, são lidas pelo ator e diretor Antônio Abujamra enquanto desfilam imagens do Brasil contemporâneo. Política, cultura, amigos e amor são alguns dos temas que elas evocam, criando um diálogo entre o passado recente do Brasil e nossa situação atual. Artistas, políticos e amigos de Henfil, entre eles o atual Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o escritor Luis Fernando Veríssimo, os cartunistas Angeli e Laerte e o jornalista Zuenir Ventura, falam sobre a trajetória do cartunista dos anos da ditadura militar até sua morte. Animações inéd